"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Esvaziando a lixeira...


Hoje arrumei meu guarda-roupa...
E descartei algumas peças que não "pareciam" comigo...
E dobrei... e guardei só aquelas que, quando uso...
me sinto muito "parecida" comigo mesma...
Hoje arrumei e organizei meus livros...
E me lembrei de um monte de "verdades sobre mim" que eu havia encontrado neles...
em alguma página... em alguma leitura...algum dia...
E que, nos meus últimos passos, havia me esquecido...
Hoje organizei meu computador...
Organizei minhas idéias e imagens em pastas...
Limpei... cataloguei...
E enviei pra lixeira arquivos e informações que eu havia guardado...
algum dia... por algum motivo...
e que hoje não fazem sentido algum pra mim...
nem se conectam em nenhuma parte de quem eu sou...
E então esvaziei a lixeira...
Hoje me lembrei tanto de mim...

Tibet

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010