"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

domingo, 17 de abril de 2011

...


O silêncio tem falado muito alto...
Tibet

"Ascolta il tuo cuore"


...
"Rimani come sei,
Insegui il tuo destino,
Perché tutto il dolore che hai dentro
Non potrà mai cancellare il tuo cammino
E allora scoprirai
Che la storia di ogni nostro minuto
Appartiene soltanto a noi.
Ma se ancora resterai,
Persa senza una ragione
In un mare di perché

Dentro te ascolta il tuo cuore
E nel silenzio troverai le parole.

Chiudi gli occhi e poi tu lasciati andare,
Prova a arrivare dentro il pianeta del cuore

Credi in te! Ascolta il tuo cuore!
Fai quel che dice anche se fa soffrire.
Chiudi gli occhi e poi tu lasciati andare,
Prova a volare oltre questo dolore"
...

L. Pausini

terça-feira, 5 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Lentes...


Religiões são como lentes de contato.
Há que se ter muita cautela ao manuseá-las.
Há que se saber, exatamente, que ângulo da visão se quer "ajustar" e em que grau.
E cuidado...
Muito cuidado...
Depois de colocadas elas te fazem sentir bastante confortável...
Você se acomoda... Não quer tirá-las nem pra dormir...
E passa a enxergar o mundo todo através delas...

Tibet
Adoooro metáforas!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Caminhos...


Talvez religiões sejam caminhos equivocados de se chegar a Deus...
Ele é maior...
Mas...
apenas a cada um é dado escolher o próprio caminho a percorrer...
Sem análises ou julgamentos exteriores...

Esses caminhos...
São como impressões digitais...

Tibet

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Lendo...


"Dez provas da existência de Deus". São dez discursos filosóficos (Aristóteles, Cícero, Sexto Empírico, Agostinho, Anselmo, Tomás de Aquino, Descartes, Malebranche, Berkeley e Hume) acerca do citado tema. É uma seleção organizada por Plínio Junqueira Smith (Doutor em Filosofia pela USP) na qual ele reúne os principais argumentos filosóficos, a favor da existência de Deus, através dos tempos (Filosofia Antiga, Medieval e Moderna).
Comecei a ler esta semana...
Então...
Acho que essa é uma das questões-chave da minha existência...
Questão essa que tem como principal característica o fato de ser sempre uma questão... uma indagação infinita que me deixa em constante movimento.
Na verdade, durante muito tempo, acreditei que a minha verdadeira questão seria oscilar entre a crença na existência e a crença na inexistência... Hoje, depois de percorrer longos e profundos caminhos em ambas as direções, entendo melhor a minha "intuição" e sentimento sobre o assunto.
Acredito na existência.
Mas, não aceito a associação dessa existência a dogmas, verdades prontas, respostas rápidas e simplistas aos inúmeros enigmas que a Vida nos impõe. Isso tudo é o que torna a idéia pequena. Tira toda a amplitude da perspectiva de Deus como um ser supremo. Não entendo como é que conseguem pegar uma idéia tão complexa, abstrata e rica e carregá-la de pequenezas para que seja manipulada de acordo às necessidades de quem assim precisar. Pára com isso... Acho que o grande erro foi terem criado, pra Deus, as religiões. Talvez esse tenha sido o grande equívoco dessa história.
Em contrapartida, os crentes na inexistência também cometem, na minha perspectiva, o mesmo erro. Fecham questões, ao meu ver, impossíveis de serem fechadas. São questões muitíssimo enigmáticas para o estado em que nos encontramos... Pequenas feridas da existência, que nos acompanharão pelo resto da vida. Até porque... "a respeito de todos os assuntos, sempre se pode sustentar dois discursos contraditórios ou argumentar dos dois lados de uma questão com a mesma força persuasiva" (Pg 17, onde cita idéias de Protágoras).
E por que essa necessidade de resolvermos essas equações com a nossa tão limitada forma de perceber a Vida? Talvez essa trilha... essas indagações... sejam, exatamente, o que realmente precisamos para uma nossa evolução espiritual e auto-conhecimento...
"O infinito não se deixa compreender pelo finito"...
Resta-nos, então, a busca... o filosofar... o crescimento...

Tibet

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Clarice,


"... eu escrevo e assim me livro de mim e posso então descansar."
Clarice Lispector


Acabei de concluir a leitura da biografia "Clarice," de Benjamim Moser.
Muito mais que fascinada por essa "entidade" da literatura brasileira...
Aos Lispectorianos de plantão: Vocês PRECISAM ler isso!

Tibet