"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

domingo, 2 de agosto de 2009

"Sequestro da Subjetividade"

"Pequenas permissões podem ser o início de grandes invasões. Grandes tragédias começam com pequenos descuidos. Desastres terríveis podem ter seu início em displicências miúdas. O "agressor" não repreendido cresce e se fortifica porque a "vítima" o nutre. O inimigo só sobrevive à medida em que se injeta sangue em suas veias."
Esse é um trecho de um texto do Padre Fábio de Melo sobre algo que ele chama de "Sequestro da Subjetividade". Achei muito interessante isso que ele disse e resolvi colocar aqui com dois objetivos.
Primeiro objetivo: Filosofar sobre a subjetividade a que temos direito. Muitas vezes ficamos desatentos em nossas relações com o mundo e acabamos por "desleixar" da nossa subjetividade e das coisas que nos são importantes e fazem sermos quem somos. Se esse descuido acontece e subjetividades alheias se agregam a nós no intuito de nos violentar de uma forma velada e não nos impulsionar ao crescimento, acredito que nós mesmos, mais do que ninguém, devemos ser responsabilizados por tal descuido. Então... observai e vigiai... rsrsrs... e se vc achar que orar resolve também essa questão... então... orai ... rsrsrs...
Segundo objetivo: Mais uma vez levantar uma bandeirinha pelo respeito à diversidade filosófico/religiosa. Eu escrevi algo (lá embaixo) sobre a minha opinião de que se deve respeitar qualquer linha de raciocínio/filosofia de vida no que tange ao campo da espiritualidade, inclusive opiniões que vão de encontro às próprias religiões como ateus e agnósticos. Com as devidas precauções contra aqueles "catequizadores violentos" de plantão, devemos respeitar e não estereotipar/excluir opiniões de pessoas que não compartilham da nossa crença/descrença para não se correr o risco de nos tornarmos fundamentalistas isolados em bolhas ideológicas. Fosse eu (agnóstica de plantão) pensar assim e não teria lido esse texto/trecho do padre. Li o texto... e gostei disso aí que ele falou... Achei interessante...
E é isso!
Tibet

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