"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

sábado, 5 de dezembro de 2009

O amor...


O amor é puro na sua origem... Mas... nós, seres humanos, não somos depurados o suficiente pra sabermos lidar com ele. Tocamos o amor, com as nossas “mãos lambuzadas” de impurezas, e passamos a manipulá-lo com uma imperícia gritante, deixando-o cada vez mais contaminado, impuro... e pesado. E o amor passa a significar expectativas, anseios às vezes frustrados... incertezas e vazios que, injustamente, passamos a depositar naquele outro que, um dia, nos despontou como um sol radiante. Com o passar do tempo, esse outro... tão precioso... nos apresenta, por nossa exclusiva providência , como uma carga de responsabilidades e compromissos não satisfeitos. Fôssemos mais capazes... mais “iluminados” como alguns costumam denominar, ou, simplesmente, mais responsáveis por nossa própria existência e por essa sensação que buscamos eternamente e que costumamos chamar de felicidade... e não teríamos esse costume imbecil de amontoar de coisas ruins os sóis radiantes que cruzam o nosso caminho. Mas...mesmo sentindo essas sensações tão doloridas e imensas que a nossa incapacidade humana de lidar com o amor puro nos obriga vivenciar... é infinitamente bom saber que eu ainda enxergo o sol. Acredito nele, enxergo a sua luz e posso sentir o seu calor. E vou poder sempre...

Tibet

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