"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

sábado, 7 de maio de 2011

Razão e fé...


"Tão importante quanto crer é duvidar. A dúvida a serviço da boa reflexão, da tentativa de superação do senso comum, da margem estreita e do discurso redutor.
...
Fé que não comporta possibilidade de dúvida?!
Religião que não passou pelo crivo da reflexão?!
...
Arrisco-me a dizer que essa insegurança é característica muito presente nos dias de hoje. Ela se manifesta em dois opostos: Nas pessoas que não suportam a dúvida e por isso se protegem demais com respostas prontas e acabadas, ou então, nas que duvidam sem critérios, que se escondem em ceticismos inférteis..."

Então...
Padre Fábio de novo...

Acontece que eu encontrei, dentro de uma religião, alguém que consegue a proeza do equilíbrio perfeito entre fé e razão...
Inteligência sensata e serena na fé...
Tenho, de verdade, me identificado...

Tibet

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