"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Imensidão...


Às vezes fico sem ar...
com essa imensidão da vida...
Imensidão dessa minha vida...
Possibilidades inquietas vivendo dentro de mim...
Muitas vezes...
desperto num enorme desconforto...
de despertar a alma...
e ela não caber, de volta, confortavelmente...
dentro desse meu corpo...
Um desconforto atroz de ter que...
ainda que um pouco...
... encolher a minha alma...
até fazê-la se aquietar...
e se encaixar novamente...
pra seguir por mais um dia de "mundo pequeno"...

Que eu não me perca dessa minha alma...
Elástica... e flexível... e poderosa...
Pra que, por todas as noites ela se engrandeça enormemente...
se torne imensa...
e desperte assim... bem grande
E que eu possa sempre, ao acordar
me lembrar durante todo o dia
do quão grande... enorme... imensa...
ela pode ser...

Assim como é a vida...
Como há de ser a minha...
Ainda que nesse mundo assim...
... pequeno...

Tibet

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