"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Queria querer...


Eu queria querer um pouco mais...
Mas não consigo querer como se quer nesse mundo...
Isso, muitas vezes, me leva a fases de um intenso e desconcertante não querer...
E vou andando por aí... desconectada do mundo que funciona à minha volta...
E passo, eu, a funcionar, por longos dias, como uma máquina programada...
...
Queria querer como todos andam por aí... querendo...
Mas... isso acontece como um grande esforço em mim...
Sacrifício ... pra me fazer com cara de mundo...
...
Finjo querer...
Finjo sonhar que quero...
Finjo que sonho..
...
Queria um ápice de alegria...
Uma explosão de medo...
Um incômodo exacerbado de raiva...
Queria uma over-dose de adrenalina por conseguir...
... coisas "normais" de se querer...
...
Anestesia...
...
Preciso me conciliar com os meus reais "quereres"...
E me acostumar com os olhares estupefactos ao meu redor...
Ou terei que "baixar o programa" desse mundo em mim.
...
Insônia...

Tibet

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